Nutrição e fertilidade

Nutrição e Fertilidade: entenda essa importante relação

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Sumário

Nutrição e Fertilidade: Ei, nutri! Sabia que a sua profissão exerce um papel fundamental na saúde reprodutiva dos casais? A procura por um nutricionista especialista em fertilidade só cresce, pois está cada vez mais clara a importância de uma alimentação específica para facilitar a geração de filhos.

Para entender qual conduta seguir na prática clínica e como a nutrição facilita ou dificulta a fecundidade, teremos que entrar em princípios e conceitos bem interessantes. Vamos lá?

A infertilidade é mais comum do que imaginamos

Antes de falar sobre a influência da nutrição na fertilidade, vale a pena saber mais sobre essa dificuldade ou incapacidade de reprodução que acomete diversas pessoas.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (2005), de 8 a 15% dos casais enfrentam algum contratempo para conseguirem se reproduzir. Em certos lugares do mundo, esse percentual chega próximo dos 30%, uma taxa surpreendente.

A infertilidade, momentânea ou permanente, pode ser causada por inúmeros motivos, como disfunção ovulatória, síndrome dos ovários policísticos, endometriose, distúrbios na tireoide, estresse, sedentarismo ou problemas nutricionais.

Como o foco deste artigo é abordar o papel da nutrição na saúde e fertilidade da mulher, veremos de perto como o padrão alimentar atua nesse processo.

Como a nutrição afeta a fertilidade?

Mulheres que pretendem engravidar precisam estar atentas aos alimentos que consomem, uma vez que alguns nutrientes são essenciais para o bom funcionamento do sistema reprodutor. Entre eles, podemos destacar:

Folato – Uma das suas funções é prevenir defeitos no fechamento do tubo neural do feto. Não à toa, médicos e nutricionistas recomendam a suplementação de ácido fólico para mulheres que estão em idade fértil.

Vitamina D – A literatura indica que essa vitamina pode exercer uma função no sistema reprodutor feminino, pois percebeu-se que mulheres com níveis regulares do nutriente, tinham mais facilidade de engravidar. Como a carência de Vitamina D está em alta no Brasil há alguns anos, é um ponto que merece ser observado.

Lipídios – Embora ainda sejam necessários mais estudos, nota-se que a ingestão adequada das chamadas “gorduras boas” pode melhorar a produção de hormônios femininos ligados à reprodução, facilitando assim a ovulação.

 – Antioxidantes – O excesso de radicais livres no organismo pode dificultar a capacidade reprodutiva, então substâncias antioxidantes parecem desempenhar um papel crucial numa boa saúde fértil. Certos trabalhos demonstraram que a Vitamina C e o Betacaroteno fizeram com que mulheres conseguissem diminuir o tempo que levavam para iniciar uma gestação.

Além disso, já está claro que a obesidade é um fator que pode causar a infertilidade feminina. Mulheres que têm o IMC acima de 32 kg/m 2 costumam enfrentar maiores problemas para engravidar.

Essa dificuldade ocorre porque, com o excesso de gordura corporal, acontecem disfunções hormonais no corpo feminino, tanto no sistema reprodutor, quanto em glândulas como a tireoide,  ajudando a diminuir os níveis de fecundidade.  

Prática clínica em nutrição e fertilidade 

Diante dessa interação nutrição e fertilidade, o profissional deve ser responsável por elaborar uma dieta equilibrada focada na saúde fértil da mulher.

Atualmente, dois tipos de padrão alimentar parecem ser benéficos para fecundidade feminina.

1) Dieta da fertilidade

A dieta sugere que ter uma alimentação rica em gorduras saudáveis, leite e derivados, proteínas vegetais, grãos integrais e polivitamínicos, e pobre em gorduras trans, ajuda a melhorar a ovulação da mulher, o que facilitaria uma gravidez.

De fato, desde 1991 há estudos nesse sentido. A maioria indica que esse padrão alimentar pode ser importante para melhorar a fertilidade da mulher. É fácil achar mulheres que realizaram o sonho de serem mães, a partir da mudança dos hábitos alimentares.

2) Dieta mediterrânica

Ela leva esse nome porque é baseada na rotina alimentar dos países que formam a região do mediterrâneo, como Itália, Espanha, Grécia, Marrocos, entre outros.

O foco do cardápio é um alto consumo de leguminosas (grão-de-bico, lentilha), cereais integrais (aveia, granola), oleaginosas (nozes, amêndoas, azeitonas), frutas e hortaliças, e um médio consumo de peixes, laticínios (leite, iogurte e queijos) e vinho. Também há um espaço especial para as ervas de cheiro, que dão um sabor marcante às refeições.

Ao avaliarem grupos que consumiam esses alimentos regularmente, notou-se que eles tinham menos riscos de infertilidade do que aqueles que adotaram outras rotinas alimentares.

A explicação pode seguir por diversos caminhos.  Um deles é que a elevada ingestão de ácido linoleico (importante precursor de prostaglandinas), melhora o desenvolvimento da ovulação. 

Fatores nutricionais negativos para a fertilidade 

Por outro lado, a nutrição na fertilidade da mulher também precisa abordar quais tipos de dietas devem ser evitadas por quem deseja engravidar.

O primeiro tipo são dietas ricas em alimentos ultraprocessados, como biscoitos, salgadinhos, sorvetes e guloseimas. Por causa das grandes quantidades de açúcar, sódio, corantes e aditivos, a saúde é prejudicada como um todo, inclusive a reprodutiva.

O segundo são as que têm carne vermelha em excesso, pois a gordura saturada nelas presente, quando consumida regularmente, pode dificultar o processo de fecundação.

O terceiro tipo é aquela que possui a cafeína como protagonista, usando como bebida funcional. O alto consumo de café, chás ou refrigerantes tipo cola, pode atrapalhar o transporte do óvulo até o útero.

Por fim, dietas com chá de hibisco também não devem ser seguidas por quem se preocupa com a fertilidade, uma vez que a bebida tem substâncias que podem afetar os hormônios femininos e até coibir a ovulação.

Como se especializar em nutrição e fertilidade

Por tudo que viu até aqui, você certamente entendeu o poderoso papel da alimentação na fecundidade feminina.

Como a graduação é bastante generalista, a maioria dos nutricionistas não estudaram profundamente Nutrição e Fertilidade. O resultado? Muitas dúvidas, incertezas e receios, o que deixa a prática clínica bem abaixo daquilo que os pacientes esperam.

Portanto, aqueles profissionais que tiverem expertise como nutricionista especialista em fertilidade terão mais chances de lotarem a agenda, além de ajudarem várias famílias a conseguirem os filhos sonhados.

Na Nutmed você encontra cursos de pós-graduação e especializações que abordam a relação entre os alimentos e a infertilidade, desde a fisiopatologia até as melhores estratégias nutricionais para melhorar a saúde reprodutiva feminina. Assim como cursos de como criar plano alimentar na preconcepção e gestação. Além de excelente corpo docente ser  excelente, você é acompanhado de perto.

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