Entenda este atual contexto de cultura de segurança do paciente e o gerenciamento de riscos clínicos e não clínicos e compreenda o papel desses profissionais e suas responsabilidades.
O que é segurança do paciente e qual a sua importância?
A Segurança do Paciente significa a redução ao mínimo aceitável do risco de danos desnecessários, durante a atenção à saúde. Ela é composta por estratégias que buscam evitar, prevenir e minimizar os resultados provenientes de eventos adversos decorrentes das práticas de atenção em saúde associadas ao cuidado. Este tema tornou-se ainda mais importante com a publicação do documento intitulado “Errar é humano: construindo um sistema de saúde mais seguro”, publicado pelo Institute of Medicine (IOM), que acrescentou esta preocupação como uma das dimensões da qualidade.
Apesar do progresso dos últimos quinze anos, a segurança do paciente continua sendo um importante problema de saúde pública. Os danos evitáveis continuam ocorrendo de maneira frequente em todos os ambientes de assistência à saúde e entre todas as populações de pacientes. Os danos causados durante a assistência provocam mortalidade e morbidade significativas, além de implicações para a qualidade de vida, não menos que obesidade, acidentes de avião ou de veículo motor e câncer de mama. Estudos recentes indicam que o custo geral por problemas de segurança continua alto.
Com o crescimento dos serviços de saúde, a concorrência acirrada, pacientes cada vez mais esclarecidos, a veiculação constante nas mídias de diversos erros médicos e dos multiprofissionais de saúde, crescente número de processos jurídicos devido a desvios na assistência prestada que muitas vezes geram danos irreversíveis, a qualidade dos serviços de saúde prestados vem sendo um dos desafios a ser alcançado pelas unidades assistenciais que se preocupam em promover a segurança de seus pacientes e dessa forma, garantem o seu lugar no mercado de saúde.
Implantação da Segurança do Paciente – o que requer?
A implantação da Segurança do Paciente requer, portanto, o desenvolvimento de uma cultura de trabalho em equipe, comunicação transparente, notificação dos não-conformidades e incidentes com o paciente, gerenciamento dos riscos e tratamento efetivo das causas de danos aos pacientes e com isso garantir uma assistência adequada de forma racional, variada e econômica, evitando complicações ao paciente e ao mesmo tempo, desperdícios.
Os princípios de gestão da qualidade em saúde são utilizados para a execução da Segurança do Paciente, com utilização de ferramentas gerenciais e análise de resultados através de indicadores desempenho. Desta forma, a Segurança do Paciente compreende também planejamento, organização, direção e controle.
Os profissionais envolvidos na Segurança do Paciente incluem todos aqueles que se relacionam direta ou indiretamente na assistência prestada à saúde e que necessitam de conhecimentos básicos de gestão da qualidade em saúde e segurança do paciente para atender às exigências do mercado de serviços de saúde, uma área que se encontra em franca expansão e que tem se revelado como um segmento com forte empregabilidade. Profissionais que entendem a importância deste tema e atuam em prol da na Segurança do Paciente possuem valores que são diferenciais no mercado de trabalho.
Contextualizando a Segurança do Paciente nos dias atuais
Diversas mudanças ocorreram no entendimento e nas legislações pertinentes à Segurança do Paciente e no mundo impactando de forma significativa na maneira das organizações de assistência à saúde valorizarem seus modos de gestão para que possam sobreviver no segmento econômico no qual estão atuando. Diante deste cenário, a Segurança do Paciente passou a ser assunto dominante nestas organizações, de modo que as instituições lutam para sobreviver num ambiente cada vez mais competitivo pela qualidade assistencial onde prevalece uma busca pelo baixo custo.
Os movimentos de acreditação hospitalar, de livre adesão dos serviços de saúde, existem há mais de 15 anos no Brasil e desde então ditam normativas não somente no sentido de melhoria da assistência ao paciente, mas como em questões de estrutura física, de pessoal e equipamentos. Desta forma, a Segurança do Paciente já vem sendo exercitada por essas instituições antes de ser tornar obrigatória por lei, por compreender o ganho existente na satisfação dos pacientes bem como redução de custos indevidos. Diversas metodologias podem ser utilizadas para a obtenção do certificado de acreditação hospitalar, havendo opções de certificações nacionais a internacionais. Não existe melhor ou pior metodologia tendo em vista que as instituições possuem características e se encontram em estágios de maturidade diferentes.
A legislação sanitária se adequou aos novos conceitos de Segurança do Paciente e hoje o Brasil normatizou requisitos mínimos para serem cumpridos como forma de fomentar a qualidade assistencial em diversos aspectos como a identificação segura dos pacientes, comunicação entre profissionais e o paciente, assistência cirúrgica segura, ações para controle de infecção hospitalar, cuidados na prescrição e uso de medicamentos, prevenção quedas e lesão por pressão.
Conclusão
O serviço de saúde vem se tornando um mercado representativo na economia mundial, tendo o ritmo de vida moderno contribuído significativamente para este crescimento, de forma que a cada dia este mercado vem se expandindo no Brasil e no mundo, principalmente pelo avanço clínico-tecnológico e maior sobrevida da população, o que acarreta em maior utilização desses serviços e em diversos momentos da vida.
Dentro da dinâmica dos serviços de saúde atualmente, percebe-se que o mercado se encontra cada vez mais competitivo, pois de um lado, tem-se clientes mais exigentes e informados, e de outro, concorrentes mais agressivos e preparados. A combinação desses fatores passou a conduzir a atual dinâmica organizacional voltada para o aperfeiçoamento contínuo dos produtos e serviços oferecidos nas unidades de assistência à saúde.
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