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A Nutrição em Saúde Pública é responsável por cuidar da alimentação e dos índices de nutrição da população, parte do sistema de Estado que precisa organizar todos os serviços de saúde.
O foco está em garantir o bem-estar do cidadão e assegurar que a população de determinada cidade ou estado não tenha excesso ou deficiência nutricional. Ou seja, zela-se para evitar a morbi-mortalidade da população, prevenindo o país de uma população majoritariamente obesa, o que acarretaria em diversos custos no atendimento de doenças crônicas relacionadas, como também atuando no combate à subnutrição.
Para organizar esse tipo de sistema, existem certas complexidades nas relações, já que é preciso estudar bases epidemiológicas, entender a verba governamental disponibilizada para ações, avaliar o perfil biológico e ambiental de cada região, além de compreender o comportamento da população.
Além disso, estes conhecimentos e ações precisam ser administrados junto ao perfil político que comanda a saúde pública local.
No Brasil, observamos a persistência de carência nutricional através de índices de desnutrição infantil, anemias ou mesmo casos de hipovitaminose A.
O acesso limitado de parte dos brasileiros a uma boa educação alimentar ou evidências de condições precárias de vida, contribuem para estes quadros, que são mais predominantes na região norte do país.
Além disso, observa-se no Brasil distúrbios de excesso, como obesidade (que é considerada uma doença crônica) e sobrepeso. Nota-se ainda aumento de casos de hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, diagnósticos de diabetes, câncer e outras comorbidades (muitas vezes influenciadas pelo excesso de peso).
A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em conjunto com o Ministério da Saúde, apurou que o aumento da obesidade em adultos no país.
De acordo com a pesquisa, 96 milhões de pessoas em todo país (60,3% da população adulta) apresentam excesso de peso.
Sendo assim, quando falamos da importância da nutrição em saúde pública, significa que o bem-estar de toda população pode depender dos nutricionistas que buscam por concursos públicos ou atendem em clínicas das unidades públicas de saúde.
Cabe a eles levar essas pautas à discussão de administradores do Estado, além de orientar a população mais necessitada sobre o consumo alimentar.
Em união, a voz dos nutricionistas pode levar propostas de instalação de análises qualitativas e quantitativas, que são tipos de pesquisa que podem esclarecer o diagnóstico de certa população local, contribuindo com o surgimento de novas políticas e programas de alimentação ou nutrição.
Essas ações deveriam ser recorrentes, mas devido à disponibilidade de verba e atenção pública, tais programas podem passar por dificuldades de implementação no Sistema Básico de Saúde.
Você já pensou em se especializar, prestar concurso e ingressar na carreira pública para fazer a diferença na sua cidade ou região?
É fato: sem os nutricionistas, não existe um sistema básico de saúde pública. Os interessados podem prestar concurso público para atuar em prefeituras, na ANVISA, exército, Senado e até em Secretarias de Saúde e Educação, sabia?
Todos os órgãos municipais, estaduais e federais que oferecem vagas aos nutricionistas, encarregam o profissional de diferentes formas. Em conjunto, todos os especialistas do Brasil trabalham garantindo o pleno funcionamento das atividades de Nutrição em Saúde Pública.
Segundo o SANAR, se um nutricionista opta por não ser autônomo mas sim funcionário, pode ganhar em média de R$3.800 a R$6.500, dependendo da empresa em que atua e qualificação.
Como autônomo, contudo, este profissional da saúde pode ir além. Agora, caso opte, de fato, em seguir carreira em saúde pública, a média salarial prometida por concurso depende do local de atuação e dos pré-requisitos de cada cargo. Em média, você encontrará propostas como:
O nutricionista que decide se tornar alinhado a programas de nutrição em saúde pública pode se tornar responsável por pesquisas de situação epidemiológica, por realizar atendimentos clínicos à população ou funcionários públicos, além de ter atenção básica com os diferentes ciclos de vida de cada pessoa.
Por isso, ter conhecimento avançado sobre carências e excessos nutricionais é tão importante: em saúde pública, este é o foco de cada região em que se trabalha.
O nutricionista, ao optar por este tipo de carreira, se torna responsável por reconhecer a complexidade do quadro alimentar do brasileiro dentro da área em que ele é determinado e estruturar planos de transição nutricional e epidemiológica. Assim, traz perspectivas no campo da alimentação e nutrição para os Gestores de Saúde, especialistas que atuam nas Secretarias de Saúde locais.
É nesse campo de trabalho em que o nutricionista se torna um verdadeiro estrategista, focado no bem-estar da população, enquanto os profissionais de Gestão da Saúde são responsáveis pela execução do seu plano.
Isso porque enquanto a nutrição é a soma dos processos de ingestão e conversão de substâncias aproveitadas pelo corpo, os profissionais que optam por carreira no sistema público de saúde são as partes que garantem o funcionamento dos seus órgãos.
Outros nutricionistas podem ser designados a atuar na operação da prática clínica: tudo depende do concurso.
O que é indispensável são seus amplos conhecimentos sobre educação alimentar e nutrição, que precisam focar sempre em elevar a segurança alimentar e nutricional da saúde coletiva, seguindo as políticas vigentes e a aplicabilidade técnica que cada trabalho exige.
É claro que as atividades do dia a dia podem variar conforme o órgão pelo qual o nutricionista foi contratado, ou mesmo as atividades propostas em concurso público. Mas faz parte da prática clínica dentro da Saúde Pública, a compreensão do sistema básico de gestão de saúde coletiva.
Entende-se o higienismo e a construção de todo sistema público de saúde. Estudam-se as políticas sanitárias da cidade ou estado em que se presta cada concurso, assim como é preciso dominar o direito à saúde (legislação).
É necessário, ainda, se compreender quais são as semelhanças da saúde pública do Brasil em comparação com o exterior. Estudando todos esses pilares, o profissional dá mais um passo para passar nas provas.
O nutricionista pode trabalhar em reformas sanitárias, apresentar propostas, levantar dados históricos e culturais sobre o padrão nutricional da população, além de adequar novos modelos alimentares a povos tradicionais e indígenas. Pode ainda inserir programas de novos costumes alimentares (que podem ser divulgados pela mídia e implementados pelo Sistema Básico de Saúde).
A prática clínica não é tudo. Existem ciclos de políticas públicas que precisam ser estudados e acompanhados pelo nutricionista, para que o sistema público local contribua mais com o cidadão.
Uma dessas práticas pode ser a chamada nutrição na intervenção primária, secundária e terciária. Estas são etapas estratégicas recomendadas para aplicação de terapias nutricionais na cidade, que trabalham um desafio específico no caso de cada perfil de paciente.
Por exemplo: o trabalho de intervenção e prevenção de diabetes! Um programa de nutrição primária atuaria em sua prevenção, e nesta fase são feitas intervenções em pacientes obesos, quando já estão em estado de pré-diabetes.
O secundário é a etapa em que, um vez triados os potenciais pacientes, realiza-se a prevenção de suas complicações clínicas, podendo necessitar de um controle metabólico.
Já os casos de nutrição terciária envolvem a prevenção de morbi-mortalidade, quando os pacientes já têm complicações de saúde que precisam ser minimizadas.
Este é um exemplo claro das etapas que o nutricionista será encarregado de cuidar, se optar em trabalhar junto ao sistema público de saúde. São ciclos que encaminham pacientes para a prevenção de problemas, redução de desafios que já existem e então a busca por se evitar um agravamento do seu quadro. Toda essa triagem, garantia do atendimento e proposta de programas públicos, dependem do nutricionista na Saúde Pública.
Existe certa honra oculta dos nutricionistas que decidem dedicar seu dia a dia ao cidadão de sua região.
Para isso, eles precisam de cursos preparatórios importantes que ensinam muito sobre políticas públicas, programas de nutrição e planejamento de ciclos de alimentação.
Em Saúde Pública, trabalha-se muito com levantamento de dados sobre nutrição populacional no SUS, estratégias para prevenção e combate de doenças crônicas não transmissíveis, além de educação alimentar e nutricional com foco em prevenir agravos nutricionais.
Um servidor público competente precisa ainda entender de estudos básicos, como legislação das PICS e do SUS, promoção de recuperação de saúde através de terapias e conseguir trabalhar bem com uma equipe multidisciplinar de saúde.
Dito isso, só podemos te dar os parabéns pela sua decisão, mas nenhum sonho vive só de imaginação, certo? Você precisa contratar uma boa instituição preparatória, estudar e aí sim, estará pronto para o concurso público escolhido!
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