O nome é estranho, mas essa substância faz um bem enorme para a saúde! Hoje você vai descobrir os principais benefícios da Astaxantina para o tratamento do Diabetes.
Além disso, saberá as doses recomendadas, os possíveis efeitos colaterais e quais pessoas devem evitar o uso desse antioxidante. Tais informações são essenciais tanto para os diabéticos, quanto para o médico ou nutricionista que o auxilia no tratamento. Vem conferir!
O que é Astaxantina e para que serve
Falando de forma simples, a Astaxantina é um pigmento natural que faz parte da família dos carotenóides. Ela é a substância responsável pela coloração vermelha ou alaranjada de certos animais e plantas, como algas, salmão e camarão.
Os primeiros estudos sobre os benefícios da Astaxantina para a saúde começaram na década de 1980, portanto ainda é algo relativamente novo.
Naqueles anos, pesquisadores descobriram que a substância possui efeitos antioxidantes capazes de evitar alguns tipos de doenças. A partir dali, iniciou-se uma investigação mais detalhada para entender o bem que ela faz para nosso organismo.
A atuação da Astaxantina como antioxidante
O poder antioxidante desse pigmento vem principalmente da sua estrutura molecular diferenciada. Graças a essa condição, a Astaxantina é capaz de neutralizar os radicais livres: conjuntos de átomos instáveis que podem prejudicar as células do corpo e favorecer o desenvolvimento de doenças crônicas.
Para ilustrar melhor essa atuação, podemos citar a sua capacidade de agir no cérebro, ajudando a protegê-lo do estresse oxidativo (processo pelo qual as células são danificadas pelos radicais livres). Essa ação é importante para prevenir doenças neurológicas, como Alzheimer e Parkinson.
Outro exemplo é o papel da Astaxantina de inibir a síntese de algumas proteínas pró-inflamatórias, evitando que as moléculas instáveis prejudiquem as células saudáveis do nosso corpo.
Alguns estudos também indicam que a substância pode trazer benefícios para o sistema cardiovascular. Isso ocorre porque ela é capaz de evitar a oxidação do colesterol LDL, um importante fator de risco para doenças cardíacas.
Benefícios da Astaxantina no controle do Diabetes
Observando esses efeitos, cientistas começaram a estudar quais benefícios a Astaxantina poderia trazer para a prevenção ou tratamento de pessoas diabéticas. Depois de alguns anos realizando pesquisas, os resultados encontrados foram surpreendentes.
1) Redução dos níveis de glicemia
Como você sabe, o Diabetes é uma doença crônica caracterizada pela incapacidade do organismo de regular os níveis de glicemia. Tal dificuldade pode causar sérios danos aos órgãos e tecidos do corpo.
Um dos estudos pioneiros para entender se o antioxidante poderia reduzir a glicose sanguínea foi feito em ratos diabéticos, que foram divididos em dois grupos: um deles recebeu suplemento de Astaxantina, enquanto o outro teve uma alimentação sem a substância.
Após quatro semanas, os níveis de glicose no sangue dos roedores que consumiram o carotenoide foram bem menores do que os do grupo que não foi suplementado.
Outro estudo, agora em humanos, avaliou os efeitos da substância em pacientes com Diabetes tipo 2. Os participantes receberam uma dose diária de Astaxantina por oito semanas. No fim, observou-se uma diminuição significativa nos níveis de glicemia.
2) Melhora da sensibilidade à insulina
Diante desses estudos, fica a pergunta: por que a glicose sanguínea diminuiu consideravelmente após o consumo regular de Astaxantina? A resposta está sobretudo na melhora da sensibilidade à insulina.
Como a resistência à insulina pode ser causada por níveis elevados de estresse oxidativo e inflamação, a Astaxantina age diminuindo esses problemas. Ela ajuda a neutralizar os radicais livres e a reduzir a inflamação no corpo, inclusive nas células que respondem ao hormônio atuante na glicemia. Assim, a insulina pode ser usada de forma mais eficiente pelo organismo.
3) Redução de inflamação no pâncreas
A inflamação crônica no pâncreas é um grande fator de risco para o desenvolvimento do Diabetes, já que o processo pode arruinar as células produtoras de insulina e diminuir sua capacidade de produzir o hormônio.
As pesquisas perceberam que a Astaxantina tem a possibilidade de aliviar esse problema, justamente porque restringe a produção de citocinas inflamatórias, moléculas que desencadeiam e sustentam a inflamação. Isso é benéfico tanto para diabéticos, quanto para quem tem risco de desenvolver a doença.
4) Prevenção de complicações do diabetes
Por fim, as pesquisas concluíram que a suplementação de Astaxantina também auxilia na prevenção das complicações comuns da enfermidade.
Uma das mais populares é a retinopatia diabética, doença que pode levar à perda de visão. Ela tende a ser menos frequente em quem consome regularmente o carotenoide, pois a substância tem a capacidade de proteger as células dos olhos do estresse oxidativo.
Outra complicação que pode aparecer é a neuropatia diabética, uma condição que prejudica os nervos em várias partes do corpo, especialmente nas pernas e pés. A Astaxantina auxilia na prevenção desse mal, graças ao seu poder de reduzir inflamações.
Vale também frisar que o antioxidante costuma prevenir outros malefícios, como doenças cardiovasculares e renais.
Doses recomendadas de Astaxantina
As doses recomendadas de suplementos de Astaxantina podem variar dependendo da marca, da forma, e claro, da finalidade do uso. Normalmente a quantidade indicada é de 2 a 12 mg por dia, pois parece ser bem tolerada pela maioria das pessoas.
Por outro lado, alguns estudos dizem que, em casos específicos, a suplementação diária de até 24 mg pode ser utilizada de forma segura e eficaz.
Portanto, caberá ao médico ou nutricionista entender qual a quantidade ideal para cada paciente diabético, observando principalmente seus objetivos e condições de saúde.
Efeitos colaterais mais comuns
Apesar dos inúmeros benefícios da Astaxantina, se a substância for consumida em excesso, poderá causar efeitos colaterais indesejados.
Os problemas mais frequentes incluem dor de estômago, diarreia, náusea e erupções cutâneas. Esses incômodos geralmente são leves e desaparecem quando a suplementação é interrompida.
Ademais, o consumo desmedido tende a causar vermelhidão na pele, dor de cabeça, tontura, visão turva, dor muscular e coceira. Estes efeitos são raros e costumam acontecer em doses superiores a 40 mg por dia.
Interação da Astaxantina com remédios e suplementos
Também é importante entender como a Astaxantina interage com certos medicamentos e suplementos, já que a ação pode interferir na eficácia de todas as substâncias envolvidas.
Medicamentos relacionados a coagulação sanguínea:
A Astaxantina pode afetar fármacos que atuam como anticoagulantes e antiplaquetários. Isso ocorre porque o carotenoide eventualmente amplia o efeito desses medicamentos, aumentando o risco de sangramento. Portanto, usuários desses remédios devem evitar o consumo de Astaxantina ou falar com o profissional de saúde que os acompanha.
Suplementos de Ômega-3:
Como a Astaxantina e o Ômega-3 possuem propriedades anti-inflamatórias, também há o risco de aumentar as chances de sangramentos em algumas pessoas. É importante ter atenção durante o consumo.
Medicamentos para o colesterol:
O carotenóide pode aumentar a produção de HDL (um tipo de colesterol), o que pode prejudicar a eficácia de remédios que busquem o contrário.
Quem não deve consumir Astaxantina
Embora os estudos indiquem os benefícios da Astaxantina, existem algumas condições que o uso do antioxidante deve ser evitado ou monitorado cuidadosamente.
Por exemplo, pessoas que são alérgicas a crustáceos e frutos do mar são aconselhadas a não utilizar o carotenoide, uma vez que ele é derivado de algas. Inclusive, algumas fontes comerciais podem ser contaminadas com vestígios desses alimentos.
Mulheres grávidas ou que estão amamentando também devem rejeitar o consumo da substância, porque ainda não há pesquisas suficientes sobre seus efeitos durante a gravidez e a amamentação.
Por fim, indivíduos com doenças hepáticas, renais ou cardíacas só podem usar o suplemento com orientação do profissional de saúde, porque o pigmento atua no funcionamento desses órgãos.
Como escolher o suplemento de Astaxantina
Na hora de escolher o suplemento de Astaxantina, muitos fatores precisam ser vistos para comprar um produto bom e seguro. Por isso, observe:
- A fonte de Astaxantina: ela pode ser derivada de algas, crustáceos ou sintetizada em laboratório. Os melhores produtos costumam vir de algas.
- A qualidade: procure suplementos que sejam fabricados por empresas respeitáveis e que possuam certificações de qualidade (testes de pureza que garantem a ausência de contaminantes).
- A dosagem: veja se a quantidade por cápsula ou por porção está na faixa recomendada.
- A forma do suplemento: a Astaxantina é comumente encontrada em cápsulas, comprimidos e softgels. A mais absorvível pelo corpo é a softgels.
- Os ingredientes adicionais: observe se no rótulo do suplemento há ingredientes desnecessários ou prejudiciais.
Astaxantina é apenas parte do tratamento
Percebeu como são animadores os resultados encontrados a partir do consumo do suplemento de Astaxantina? Tudo indica que esse antioxidante é realmente um bom auxiliar no tratamento ou prevenção do Diabetes.
Contudo, apesar dos benefícios, a substância deve ser vista apenas como uma parte do tratamento da doença. Ela deve estar dentro de um estilo de vida saudável, ao lado da atividade física regular, de uma alimentação equilibrada (com baixo consumo de açúcares e alta ingestão de fibras alimentares), da manutenção de um peso adequado e do não tabagismo.
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