Você provavelmente já ouviu falar da nutrição funcional, mas realmente sabe como usá-la para melhorar a saúde dos seus pacientes? Então se prepare. Hoje você vai aprofundar seus conhecimentos sobre o tema!
Como poucos nutricionistas dominam o assunto, aqueles que fizerem uma boa especialização em nutrição funcional, sairão na frente no mercado de trabalho.
Continue lendo para entender os princípios dos alimentos funcionais, como utilizá-los na prática clínica e qual a pós-graduação mais indicada para iniciar na carreira.
O que é nutrição funcional?
Em alta nos últimos anos, a nutrição funcional é um tipo de abordagem que tem o objetivo de promover saúde e prevenir doenças por meio de alimentos funcionais. Esses alimentos são aqueles que, além de fornecerem os nutrientes esperados, trazem benefícios especiais para o corpo.
Um bom exemplo são os tomates. Além de oferecer vitaminas e minerais importantes para o nosso metabolismo, eles possuem compostos que ajudam na prevenção do câncer de próstata.
Com o leite de soja acontece algo semelhante. Ele tem proteínas essenciais na formação dos tecidos celulares, mas que também auxiliam na redução dos níveis de colesterol.
O mais legal é que a lista de alimentos funcionais é enorme. Ao longo do artigo você verá como eles podem ser aplicados na prevenção ou tratamento de algumas doenças.
Diferenças entre a nutrição funcional e a convencional
A partir da definição da nutrição funcional, percebe-se que existem diferenças entre ela e a nutrição convencional. Embora ambas desejem melhorar a saúde e o bem-estar do indivíduo, os caminhos escolhidos são distintos.
As diferenças principais são exatamente alguns dos princípios básicos da nutrição funcional.
1. Maior uso dos alimentos funcionais
A nutrição convencional tende a dar mais atenção ao consumo de grupos alimentares específicos, como carboidratos, proteínas e gorduras. Os alimentos funcionais são apenas acessórios.
Já na nutrição funcional, esses alimentos têm um peso maior no planejamento alimentar. Assim, há maior presença de determinadas frutas e hortaliças, grãos integrais, sementes, oleaginosas e peixes ricos em ômega-3.
2. Investigação de doenças
Enquanto a nutrição comum busca tratar apenas os sintomas das enfermidades, a abordagem funcional procura investigar a origem do que prejudica a saúde, como as deficiências nutricionais, as alergias alimentares e os desequilíbrios hormonais.
3. Abordagem personalizada
A nutrição convencional tende a ser mais genérica, ou seja, costuma seguir as recomendações gerais publicadas pelos órgãos de saúde.
Por sua vez, a nutrição funcional é personalizada. Na hora de elaborar o plano alimentar, é levado em conta a individualidade de cada pessoa e suas condições e demandas naquele momento.
4. Contato com outros profissionais de saúde
No atendimento clínico tradicional o nutricionista normalmente é o único profissional envolvido no tratamento do paciente. Por outro lado, o profissional especializado em nutrição funcional trabalha em conjunto com outros especialistas, como médicos, enfermeiros, bioquímicos e psicólogos. Essa interação o ajudará a desenvolver condutas que abordem todas as necessidades da pessoa.
Como aplicar os princípios da nutrição funcional na prática clínica
Além dos 4 princípios explicados acima (maior uso dos alimentos funcionais, investigação de doenças, abordagem personalizada e contato com outros profissionais de saúde), a nutrição funcional possui outros dois fundamentos que merecem ser conhecidos.
O primeiro é o equilíbrio emocional
Entende-se que as emoções, negativas e positivas, podem aumentar ou diminuir a saúde e bem-estar, logo é preciso enxergá-las com uma atenção especial.
O segundo é a maior promoção da saúde
Como já dito, em vez de apenas tratar doenças, busca-se ter uma conduta nutricional que promova a saúde e previna as enfermidades.
Esses princípios devem ser utilizados na prática clínica do nutricionista, cada um em uma etapa diferente.
Por exemplo, durante a anamnese, o profissional deve iniciar a investigação de doenças, intolerâncias e alergias, por meio do histórico de vida do paciente, de sintomas e de exames que podem ser pedidos.
Com a abordagem personalizada, a promoção da saúde e a prescrição de alimentos funcionais podem ser aplicados na hora de elaborar a dieta.
Por fim, ao longo do tratamento, é bom indicar ou pedir auxílio de outros profissionais de saúde, com o objetivo de realizar um tratamento mais amplo.
Alimentação funcional e a prevenção de doenças
A capacidade de impedir enfermidades certamente foi uma das responsáveis pelo aumento da popularidade da nutrição funcional.
Desde a década de 1980, cientistas estudam como determinados nutrientes podem auxiliar o organismo a se proteger de alguns males. A cada ano a lista de alimentos funcionais aumenta, bem como seus benefícios para a saúde.
Vale lembrar que os bons efeitos para o organismo só acontecem quando a dieta faz parte de um estilo de vida saudável, que inclui exercícios físicos, hidratação adequada e boas noites de sono.
A seguir, listamos os alimentos funcionais mais famosos e como eles podem prevenir certas doenças.
Plano alimentar para prevenir doenças cardiovasculares
As comidas ricas em nutrientes que reduzem o colesterol e a pressão arterial devem ser privilegiadas.
Um desses nutrientes são os antioxidantes, presentes em frutas vermelhas e hortaliças verde-escuras. Eles ajudam a evitar a formação de placas de gordura nas artérias.
As fibras alimentares também são importantes nessa prevenção. Encontradas em frutas, legumes e grãos integrais, elas reduzem o colesterol LDL, diminuindo assim as chances de haver entupimento de veias.
Por fim, também vale citar o magnésio. Esse mineral, presente em nozes, sementes e legumes, ajuda a relaxar os vasos sanguíneos, contribuindo para a redução da pressão arterial.
Daria para falar de muitas outras opções que previnem doenças do coração, mas você poderá vê-las com mais calma na pós-graduação em nutrição funcional da Nutmed.
Dieta funcional para evitar o câncer
A alimentação funcional na prevenção do câncer passa pelo consumo de substâncias que protegem o organismo das células malignas.
Algumas frutas e vegetais são exemplos dessa proteção. Eles são ricos em antioxidantes que combatem os radicais livres e protegem as células saudáveis do corpo. As vitaminas A, C e E são indicadas para diminuir as chances dos cânceres de pulmão, mama e estômago aparecerem.
Outras substâncias famosas neste tipo de dieta são as catequinas, compostos bioativos que dão aquele sabor amargo ao chá verde. Elas atuam de diversas maneiras:
- Combatem os radicais livres, que podem danificar as células saudáveis do corpo
- Inibem o crescimento de células cancerígenas e promovem a apoptose (morte programada das células defeituosas, impedindo que elas se reproduzam).
- Ajudam a prevenir a angiogênese, que é a formação de novos vasos sanguíneos que alimentam o tumor.
Lembrando que esses nutrientes não são os únicos a ajudarem a prevenir o câncer. Uma dieta saudável e equilibrada, com a inclusão de alimentos frescos e minimamente processados, é essencial para melhorar a saúde do organismo como um todo.
Alimentos funcionais para evitar o diabetes
Além de propor uma alimentação com baixo índice glicêmico, o nutricionista poderá usar as fibras alimentares e as “gorduras boas” para prevenir ou tratar pacientes que tenham diabetes.
As fibras alimentares — presentes no arroz integral, pão integral, quinoa, aveia — ajudam a retardar a absorção dos carboidratos e a diminuir a velocidade com que a glicose entra na corrente sanguínea. Isso mantém a glicemia mais estável ao longo do dia.
Por sua vez, as “gorduras boas” (monoinsaturadas e poli-insaturadas) também ajudam a controlar o açúcar no sangue, pois melhoram a sensibilidade à insulina: capacidade das células do corpo de responderem adequadamente à ação do hormônio.
Podemos achar esse tipo de gordura no azeite de oliva, nas nozes e castanhas, no abacate e em peixes ricos em ômega-3.
Dieta funcional para melhorar a saúde mental
A cada ano que passa, estudos mostram como a alimentação funcional desempenha um papel positivo na saúde mental.
Alguns nutrientes afetam diretamente o funcionamento do nosso cérebro, como o ômega-3, as vitaminas do complexo B e o triptofano. Eles auxiliam na produção de neurotransmissores importantes para o nosso bem-estar, como a serotonina e a dopamina.
A serotonina, conhecida como o “hormônio da felicidade”, é responsável por regular o nosso humor, sono e apetite. De modo semelhante, a dopamina, chamada de “hormônio do prazer”, está relacionada à motivação e ao sentimento de recompensa.
Assim, quando a dieta é rica nos nutrientes citados, a tendência é que a saúde mental da pessoa melhore, diminuindo sintomas de ansiedade e depressão.
Pós-graduação em nutrição funcional vale a pena?
Por tudo que você leu, deve estar ansioso para aprofundar seus conhecimentos e tornar-se um especialista em nutrição funcional.
Para isso, um ótimo caminho é realizar a pós-graduação em nutrição funcional da Nutmed.
Você se tornará um dos nutricionistas mais desejados do mercado, afinal:
- Saberá montar planos alimentares de acordo com cada doença ou intolerância, utilizando os alimentos/suplementos funcionais mais adequados, além de seguir os outros princípios da abordagem funcional.
- Aprenderá a interpretar exames laboratoriais e usá-los para melhorar a saúde dos pacientes
- Conseguirá prescrever facilmente compostos funcionais, de acordo com a individualidade bioquímica do indivíduo. E muito mais!
Tudo isso de uma forma acessível, sendo acompanhado de perto por professores, mestres e doutores, e utilizando os materiais mais atualizados da nutrição funcional.
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