Nutrigenômica e nutrigenética, importantes conceitos na nutrição

A Nutrigenômica e Nutrigenética é um Mistério para boa parte dos nutricionistas, são dois conceitos que cresceram bastante nas últimas décadas, especialmente no Brasil.

Então se você deseja saber, de forma fácil, como funcionam essas duas ciências, de que jeito elas ajudarão seus pacientes a terem mais saúde ou mesmo se vale a pena fazer um curso ou uma pós-graduação sobre o tema, acompanhe este artigo!

O que é Nutrigenômica?

A Nutrigenômica é a área da Nutrição que estuda como a dieta pode influenciar o genoma de indivíduos ou grupos populacionais. Em outras palavras, busca-se entender como a alimentação interfere no nosso DNA.

O assunto começou a se desenvolver a partir do Projeto Genoma Humano, uma ampla pesquisa científica que, em 2003, conseguiu realizar o sequenciamento das bases nitrogenadas do DNA humano quase por completo. A partir desses estudos, tentou-se descobrir como o conjunto de genes de cada pessoa é influenciado por fatores ambientais, entre eles a alimentação.

Atualmente, sabe-se que essa influência ocorre em diferentes níveis. O primeiro acontece já na fase fetal: ainda no útero, a criança começa a ter sua primeira interação gene-nutriente. Por isso a importância do cuidado nutricional durante a gravidez. 

O segundo nível é durante o primeiro ano de vida, quando um erro congênito do metabolismo (isto é, uma falha do organismo desde o nascimento) torna o consumo alimentar infantil um fator importante no estado de saúde ou doença. 

O terceiro nível, enfim, ocorre devido a determinadas doenças, ocasionadas por uma exposição longa e frequente a um mesmo tipo de dieta.

Assim, fica claro como o Nutricionista precisa entender profundamente esse assunto, afinal o cardápio é um importante caminho para ofertar saúde e bem-estar para as pessoas.          

O que é Nutrigenética?   

Por sua vez, a Nutrigenética pode ser considerada um complemento para a Nutrigenômica. Ela estuda como o DNA e as variações genéticas (chamadas de polimorfismos) respondem aos hábitos alimentares.

Desse modo, esta é a principal diferença entre as duas ciências: enquanto a Nutrigenômica aborda como os compostos alimentares agem no DNA, a Nutrigenética busca compreender de que formas os genes reagem a esses compostos.

O principal objetivo da Nutrigenética é fazer recomendações, listando as razões para cada indivíduo comer ou não determinados alimentos. Lembrando que essas orientações são exclusivas, pois as pessoas têm genomas diferentes.

Como a Nutrigenômica e Nutrigenética se relacionam?

Agora que os conceitos e as diferenças estão claros, fica fácil entender como as duas ciências relacionam-se.

Já que cada indivíduo possui uma variação genética que pode ser predisposta a determinadas doenças, caberá à Nutrigenômica e Nutrigenética, com a direção de Nutricionistas, investigar como prevenir tais enfermidades.

Como usar a Nutrigenômica e Nutrigenética na prática clínica?

Quando um paciente chega para a consulta clínica, é comum ele relatar as queixas mais variadas, desde de como é a própria alimentação até possíveis sinais e sintomas físicos.

Ao conhecer profundamente a Nutrigenômica e a Nutrigenética, você poderá pedir que ele faça um teste genético, que indicará quais alimentos são ideais e quais devem ser evitados na dieta, tudo de acordo com o DNA do paciente.

Um bom alimento para servir de exemplo é o café e bebidas funcionais. Há alguns anos, pesquisas mostraram que certas pessoas são mais propensas a terem problemas cardíacos, se consumirem cafeína com frequência.

Segundo os estudos, os portadores de versões do gene MTHFR, que confere um metabolismo mais lento da cafeína, têm mais chances de desenvolver doenças cardíacas do que portadores de uma outra versão desse mesmo gene, que garante um metabolismo acelerado da substância.

Outro exemplo é a possível relação entre alimentos ricos em gordura e o surgimento de diabetes tipo II. De acordo com os trabalhos, variações específicas em genes que atuarão na regulação dos níveis de glicose no sangue podem ser modulados por uma dieta repleta de lipídios.

Percebemos, assim, que a Nutrigenômica e a Nutrigenética são importantes na prática clínica, pois com um tratamento nutricional mais personalizado, a tendência é que as estratégias para prevenir ou tratar doenças fiquem mais assertivas. O resultado disso é uma população mais saudável e com uma expectativa de vida ainda maior.

Como acontece o teste genético?

O teste genético é feito em laboratório, a partir da coleta das células da bochecha, portanto não é nada invasivo. Por questão ética, o próprio paciente escolhe quais resultados quer saber.

Na área nutricional, são testados genes que afetam principalmente a:

– Sensibilidade a carboidrato, isto é, como o organismo responde a diferentes tipos de carboidratos.

– Sensibilidade ao sal.

– Sensibilidade a gordura saturada, ou seja, a eficiência do corpo para absorver e metabolizar a gordura ingerida.

– Sensibilidade à cafeína.

– Intolerância à lactose.

– Resposta ao álcool.

– Neutralização dos radicais livres.

– Resposta inflamatória natural, definindo a precisão de Ômega- 3.

– Necessidade de Vitamina B e Vitamina D.

– Predisposição à doença celíaca.

Nutrigenômica e alimentos funcionais na prática clínica

Diante de tudo que vimos, observa-se que a Nutrigenômica e os alimentos funcionais podem formar uma ótima dupla na prevenção de doenças.

Como se sabe, um alimento funcional é aquele que traz benefícios para organismo, além de suas funções nutricionais básicas. Isso ocorre porque ele possui compostos que podem melhorar o desempenho do metabolismo ou mesmo evitar enfermidades. A maioria deles está em chás, vegetais, frutas, cereais integrais e peixes.

Para que tais alimentos causem esse bom efeito, é essencial que sejam consumidos regularmente e que estejam inseridos em uma dieta equilibrada. Só assim causarão os benefícios esperados.

Assim, com os estudos realizados pela Nutrigenômica sobre a ação dos alimentos funcionais no DNA humano, a tendência é que o assunto evolua e melhore a prática clínica do nutricionista, sobretudo em relação a prevenção e tratamentos de doenças.

Vale a pena fazer um curso sobre Nutrigenômica e Nutrigenética?

Após entender a importância dos dois assuntos, você sentiu vontade de aprofundar seu conhecimento? Se sim, saiba que a Nutmed tem uma pós-graduação à distância sobre Nutrição Clínica, Ortomolecular, Biofuncional e Fitoterapia.

No curso, você estudará a Nutrigenômica e Nutrigenética com excelentes professores, e saberá como aplicar os conceitos e estratégias para melhorar a saúde dos seus pacientes.